sábado, 17 de julho de 2021

Antão Divino

 

                                                                           Antão Divino

                                                                                                  Divino Arbués

 

Como não me extasiar com maravilhas humanas

Sinfonias, poesias, corais em belas canções

A forças das construções e a harmonia das formas

Na criação do arquiteto, do poeta e dos bolsões

 

Como não me enternecer com o animal pequenino

Tanta pureza no olhar, na inocente mamada

Esse bebê pessoinha de contagiante risada

Frágil, bonito e miúdo, que bom lhe seja o destino

                       Antão divino, eu te sigo, nessa humana estadia

Divino antão, tu me segues nessa sagrada jornada

Antão divino, eu te sigo no instinto do dia a dia

Divino antão, tu me segues para o amanhã dessa estrada

 

O teu instinto, tua libido,

Teus tantos dons de criação

Tropeçam, não atendidos

No direito à educação

 

Como não ficar chocado com a desavença plantada

Desigualdade formada dentro de impostos castigos

Das ameaças trocadas, mesmo iguais os umbigos

Da violência exercida, da justiça ignorada

 

Como não me entristecer com a pessoa enjaulada

Me vejo nela, perdido, infeliz aprendizado

Um coração corrompido, um dom não aproveitado

Como um socorro negado, dignidade humilhada

 

E, como não me exultar com os exemplos de vida

São tantos mestres na história da excelência humana

Como não me indignar com quem o saber profana

E aliena o outro com informação distorcida

 

Antão divino, eu te sigo, nessa humana estadia

Divino antão, tu me segues nessa sagrada jornada

Antão divino, eu te sigo no instinto da melodia

Divino antão, tu me segues para o amanhã dessa estrada

 

 

 

                               

Nenhum comentário:

Postar um comentário