Antão Divino
Divino Arbués
Como não me extasiar com maravilhas humanas
Sinfonias, poesias, corais em belas canções
A forças das construções e a harmonia das formas
Na criação do arquiteto, do poeta e dos bolsões
Como não me enternecer com o animal pequenino
Tanta pureza no olhar, na inocente mamada
Esse bebê pessoinha de contagiante risada
Frágil, bonito e miúdo, que bom lhe seja o destino
Antão divino, eu te sigo, nessa humana estadia
Divino antão, tu me segues nessa sagrada jornada
Antão divino, eu te sigo no instinto do dia a dia
Divino antão, tu me segues para o amanhã dessa estrada
O teu instinto, tua libido,
Teus tantos dons de criação
Tropeçam, não atendidos
No direito à educação
Como não ficar chocado com a desavença plantada
Desigualdade formada dentro de impostos castigos
Das ameaças trocadas, mesmo iguais os umbigos
Da violência exercida, da justiça ignorada
Como não me entristecer com a pessoa enjaulada
Me vejo nela, perdido, infeliz aprendizado
Um coração corrompido, um dom não aproveitado
Como um socorro negado, dignidade humilhada
E, como não me exultar com os exemplos de vida
São tantos mestres na história da excelência humana
Como não me indignar com quem o saber profana
E aliena o outro com informação distorcida
Antão divino, eu te sigo, nessa humana estadia
Divino antão, tu me segues nessa sagrada jornada
Antão divino, eu te sigo no instinto da melodia
Divino antão, tu me segues para o amanhã dessa estrada
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