domingo, 6 de julho de 2025

Pix me quick - O neologismo transverso

 Sempre fui atraído pelos sons e pelos caminhos que as palavras abrem para nós... Iniciando o assunto, se você, leitor, não conhece a música KISS ME QUICK, que foi um dos grandes sucessos do lendário Elvis Presley, pode conhecê-la no YouTube. Eu a conheci bem criança, pois minhas irmãs ouviam muito esse que era o maior astro e galã do rock mundial, na época.

Hoje, músico, eu defino que essa é a canção que, curiosamente, tem toda a sua introdução com apenas uma nota musical. Hoje, escritor, eu não resisto a divagar sobre algo que me ocorreu e que me lembrou essa música.

Vamos lá: Uma das coisas que a gente mais escuta no dia a dia atual é gente falando: - me passa um PIX, - me manda o PIX! Tanto que eu até já estranho quando me deparo com dinheiro em papel, pois só uso cartão ou Pix para tudo! Ver uma cédula de 200 reais quase já me dá o mesmo susto que sinto quando vejo uma aero willys rural rodando em algum lugar!


Enfim, como tudo se moderniza, deveríamos mudar o ditado que diz que tempo é dinheiro para “tempo é PIX”. E, se tempo é Pix, porque não simplificarmos a frase “passa um Pix pra mim” para simplesmente “Pix me”?

Sim, eu sei que a tradução de pix me, do inglês, literalmente seria fotografe-me. Mas é aí que entra o neologismo transverso, que é a forma que eu achei pra poder dar pitaco até na língua dos outros! E olha que já pratico isso há bastante tempo! Por exemplo, na esquina perto da minha casa, havia um barzinho tradicional de bebidas e caldos onde o mais famoso era o de chambaril. Eu recomendava ao dono a mudar o nome do bar para “Chambarilove”, que soaria um sugestivo significado de alguém apaixonado (somebody in love, em inglês). Ou de somebody in love me, que pegaria melhor ainda!

Finalmente, cheguei à conclusão de que a ideia do "Pix me" é boa, prática e divertida. E, se assim o é, a expressão “Pix me quick” seria melhor ainda pois, além de parodiar um estrondoso sucesso de Elvis Presley, seria um pedido meio com jeito imperativo para falar “passe-me um Pix rapidamente” ou "pague-me logo". Ou seja, sucesso garantido!

Além disso, é muito gostoso de se falar. 

Leia aí em voz alta: Pix me... Pix me quick! (não soa bem? rsrs)

E, por falar nisso, já que reservei uma meia hora para escrever esse texto pra você... Pix me quick, please! Pix me quick because I love you so!!!






Compartimentos Musicais

 

                Há pouco tempo postei um texto sobre compartimentos mentais com o título de “A Tabuada de 12”, onde “compartimento” foi o termo com o qual eu consegui expressar uma forma de raciocínio integrado. Nessa mesma linha, lembrei-me de um dia curioso e de descobertas que me aconteceu e passo a contar.

                Anos atrás, eu estava indo passar o carnaval em Gurupi - TO, a convite de amigos, mas, em Goiânia, meu carro apresentou um problema de aquecimento. Demorei a encontrar uma oficina aberta nos bairros periféricos, pois já era feriado. Após examinar o carro, o mecânico me falou que não era um problema fácil, que tentaria consertar com alguma forma alternativa na emergência e que isso poderia demorar várias horas.

                Tive que me conformar e creio que tive muita sorte em achar aberto um empório com lanches, bar e venda de coisas de muito uso popular no mesmo quarteirão da oficina. Após me acomodar numa mesinha, comecei a pensar no que poderia fazer para passar o tempo, afinal, eu só estava de passagem e nem havia me hospedado em lugar algum. Como solução, comprei no empório um caderno, onde comecei a anotar músicas das quais eu me lembrava de toda a letra. 

                Ao final de umas 4 horas, estava com um repertório anotado com mais de 1.200 músicas, o que até a mim surpreendeu. Músicas de Roberto, Fagner, sambas, serestas, caipiras, jovem guarda, regionais, românticas, de carnaval, além de religiosas onde eu cantava muitas, principalmente as do Pe. Zezinho. Surpresa maior ainda foi eu perceber que me lembrava não só das melodias e das letras, mas, também, na maioria delas, das introduções e arranjos, recordando individualmente das notas do baixo, da guitarra, orquestração, violões e outros instrumentos que as compunham.

 Justamente aqui chegamos ao ponto de compartimentos musicais ao qual quero chegar e me referi no título desse texto.

                 A capacidade da mente humana pode ser fantástica. Pensemos em Beethoven, que, mesmo tendo ficado surdo, compunha magnificamente. Beethoven conseguia identificar notas pela vibração da frequência delas em seu corpo. Mas, pensemos mais longe, depois de sentir, ele tocava a nota no seu cérebro e, sendo assim, conseguia ouvi-la na imaginação. Beethoven é um mestre, sumidade privilegiada como outros grandes nomes da história da música. Mas, mesmo entre músicos simples e mortais, pode ser possível de se observar prodígios da mente.

                Obviamente, a musicalidade tem dimensões bastante variáveis nos artistas como conjunções genéticas, aptidões inatas e outros fatores. Sendo assim, só posso falar das percepções que tenho e com as quais convivo desde muito. E, como ouso pensar que isso possa soar interessante para muitos leitores, resolvi escrever sobre.

                Quero observar que, junto com as lembranças dos arranjos dos instrumentos ao fundo de uma música, pode ser desenvolvida a capacidade de, praticamente, se ter uma orquestra mental, virtual. Isso explica o fato de alguns conseguirem compor músicas mesmo não estando com qualquer instrumento por perto. Isso se deve a compartimentos da mente onde se pode ouvir virtualmente vários instrumentos ao mesmo tempo, como se fossem camadas que você vai concebendo e sobrepondo uma à outra. Eu, por exemplo, dentre outras, posso citar a música Gerânios, que comecei a compor dentro de um ônibus na estrada. Na ocasião, felizmente, tive como anotar as notas musicais num papel e pude termina-la quando cheguei em casa (isso é muito facilitado hoje com a gravação no áudio do celular). Em outras vezes, você acorda com a melodia na cabeça. Outras músicas, a gente começa e elas vão nos conduzindo a caminhos inesperados que, realmente, parecem até ser mesmo uma psicografia. A isso tudo, se junta o estudo gramatical e de harmonia que, não é incomum, muitas vezes também nos conduzem na composição, podendo abrir novas perspectivas no tema melódico ou na letra da música.

                Além disso, existem coisas que a inteligência artificial está disponibilizando agora mas, que, curiosamente, alguns já conseguiam fazer há muito tempo, pois, além de se ouvir mentalmente os instrumentos, é possível se ouvir virtualmente músicas de alguns cantores interpretadas por outros que, na realidade, nunca as gravaram, principalmente os cantores que têm vozes marcantes e interpretações singulares, como Júlio Iglesias, Nat King Cole, Elvis, Belchior, Fagner, Cauby, Alcione, Elba e Zé Ramalho, por exemplo. Essas vozes, dentre muitas, são, digamos assim, mentalmente sampleáveis. Eu devo confessar que, vez ou outra, não pude resistir a colocar Júlio Iglesias pra cantar Me dá um dinheiro aí, Seu delegado Prenda o Tadeu e outras (rsrsrs), deixando umas mais lentas e incrementando com um portunhol aqui ou ali!. Por sinal, dá de se ouvir essas músicas nas vozes de cada um dos artistas que citei. Inclusive, vocês podem tentar aí porque o resultado é muito divertido! 

             É claro que imaginamos belas músicas também. Mas, pra esse texto, achei mais interessantes as coisas que fazemos para o bom humor. Outra capacidade que pode ter um ouvido musical apurado é que, se convivemos muito com uma pessoa, dá para identificar o estado de espírito dela conforme as frequências e a impostação que ela use na voz ou, ainda, saber por uma ligação de celular se ela está num local aberto, fechado, em movimento ou não etc.

Enfim, os compartimentos da mente podem nos dar privilégios, responsabilidades, mas também podem nos divertir muito!

                -- Ah, e quanto ao carnaval, acabei tendo que ir pra Gurupi de ônibus e o problema do carro era um tal de selo de motor. O caderno, tenho até hoje!


 


segunda-feira, 28 de abril de 2025

A TABUADA DE 12


                 Fui privilegiado pelas realidades diferentes em que a vida me colocou bem cedo. Da pequena Aragarças, logo aos 5 anos fui levado para a segunda maior cidade de Goiás, Anápolis, onde conheci a modernidade de então. Aos 7 anos, voltei de lá e fui morar em Torixoréu, interior de Mato Grosso, de onde acabei indo para um lugar muito especial chamado Fazenda Fumaça, no mesmo município. Fui para essa fazenda estudar com meu tio Pedro Arbués, que era o professor da escola rural que lá havia. Tive, portanto, antes dos 9 anos, a valiosa experiência de saber da vida em cidades pequenas, na cidade grande e numa fazenda.


                   O estudo na fazenda foi por apenas um semestre, mas me fez evoluir demais por ser integral, manhã e tarde, assim como, pela qualidade e peculiaridades na forma de ensinar do tio Pedro. Entre essas peculiaridades, lembro-me da tabuada de 12 e acima, que nem constava no conteúdo dos livros. Consistia em, competindo com os colegas, no menor tempo possível, multiplicar qualquer número por 12, 13...18 etc. O macete era multiplicar o número por 10 (fácil) e deixar o resultado memorizado para somar com o resultado da multiplicação do mesmo número pelo que era de excesso a 10.  Por exemplo: 8 X12 virava: 8 X10 = 80; 8 X 2 = 16; Então, 80 + 16 = 96.). Ou seja, aprendi assim a criar tipos de compartimentos na cabeça, onde eu passei a conseguir fazer várias operações ao mesmo tempo, assim como, somar ou subtrair fracionando os números para facilitar e reagrupa-los com as diferenças deixadas à parte mentalmente. Isso foi de uma utilidade tremenda na minha história de profissional da contabilidade, quando conseguia fazer a maioria dos cálculos rapidamente, sem precisar de utilizar a calculadora.

                Desenvolvi o uso desses compartimentos em várias matérias e várias situações da vida, o que me foi e continua sendo de enorme valia, agradecendo sempre a maravilhosa capacidade do cérebro humano. E é justamente sobre essa capacidade que quero refletir.

                A evolução da tecnologia é algo fantástico decorrente da inteligência humana. Mas observo também que, hoje, as novas gerações estão precisando cada vez menos de estudar para gravar os conhecimentos na própria mente, já que eles estão acessíveis numa pesquisa do Google e, agora, ainda mais, na Inteligência Artificial. Basta, por exemplo, perguntar em viva voz quanto dá, por exemplo, 15 X 12, 9 X 14 ou 25 X 18, que a resposta virá imediatamente na voz do recurso utilizado. E, pouco a pouco, essas plataformas vão se transformando numa espécie de HD externo de cada pessoa.

                Se, por um lado, isso é fantástico, por outro lado, o cérebro humano vai sendo cada vez menos exigido, começando a fazer um tipo de caminho inverso da escalada que, durante milhares de anos de uso, o fez chegar ao estágio de evolução atual. E resta saber se esse crescente desuso funcionará como um processo de atrofia, que fará as pessoas se importarem cada vez menos com as individualidades que pouco a pouco vão sendo generalizadas.

                Já se pode ver esses sinais em vários setores da vida humana. Isso é, certamente, preocupante pois, as pessoas têm a tendência de, cada vez mais, se deixarem levar pelas informações que as acessam por meio das telas e mecanismos digitais. Nesse ritmo, o ser humano vai se acostumando a ser apenas como um programa que funciona sendo alimentado por dados. Vai virando um número de estatística. E, por aí, se perde um pouco da alma, do misticismo e da divindade das crenças. Por aí, muito se caminha rumo a que se torne realidade a ficção do domínio das máquinas. Pode até ser que surja algo novo, mas, a princípio, parece, cada vez mais, que estamos vivendo um final de ciclo. De um ciclo onde a vontade da descoberta do novo, que sempre moveu o ser humano, vai sendo deixada de lado em função de uma aceitação da mesmice ardilosamente revestida na tecnologia.

                  Há uma estagnação de final de ciclo estampada no comodismo generalizado das pessoas (claro que há exceções). Essa mesmice interessa e é financiada por quem detém o poder econômico e se dá bem com a manutenção do jeito que as coisas estão. Só que, na percepção dinâmica da história, essa estagnação é, na verdade, uma gritante decadência. 

                   Mas, obviamente, há também o lado incrível da Inteligência Artificial e esperemos que nela mesmo se encontrem fontes onde possam os seres luminares encontrar caminhos que combatam essa estagnação e conduzam a humanidade a um futuro sem perda da dimensão anímica sob os faróis da Ciência e da Arte. Amém! 

 

 

domingo, 12 de janeiro de 2025

Análise do telurismo na poesia de Divino Arbués está em importante livro da EDUFNT - Editora da Universidade Federal do Norte do Tocantins

 

Lançada e acessível para leitura no link abaixo uma obra que analisa pontos do meu trabalho num conjunto da literatura regional abrangendo importantes escritores contemporâneos do centro-oeste, norte e nordeste. Fico muito gratificado pois é nessa hora que a gente  comprova que valeu muito a pena a persistência em produzir e lutar pela arte independente, apesar das tantas dificuldades encontradas. Logo trarei maiores detalhes que quero compartilhar com vocês, além da riqueza dessa própria obra que sai pela Editora da Universidade do Norte do Tocantins, tendo como organizadores os professores de literatura Márcio Araújo de Melo e Tereza Ramos de Carvalho, além da participação de Rosana de Souza Soares, cujo TCC na UFMT teve base no livro Folhas e Paisagens.
O livro aborda considerações sobre a complexidade e a função educativa do texto literário, considerando que a literatura revela o homem e a sociedade na qual está inserido ou quer representar e a maneira pela qual a mensagem é construída. 
O objetivo dos organizadores, professores de literatura, é voltado à ampliação das possibilidades de compreensão das práticas sociais por meio de textos literários, ampliando a metodologia para a escolarização da literatura.
Para isso, apresentam textos da literatura regional contemporânea das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, tais como, Hugo de Carvalho Ramos, Pedro Casaldáliga, Divino Arbués, Fidêncio Bogo, Pedro Tierra, José Mauro Brant, Javier de Mar-y-aba, Thiago Ramos.
O capítulo Folhas e Paisagens do Araguaia - O Telurismo na Poesia de Divino Arbués - é apresentado por Tereza Ramos de Carvalho e Rosana de Souza Soares.

https://drive.google.com/file/d/1UnxrnAnlTw6cHEFCW1iZdFjQPYCxRNfN/view?usp=sharing

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

A Marca do Palhaço

(D. Arbués) 

Às vezes me pego pensando sobre como o tempo atua na percepção das coisas!

Me lembrei hoje da figura do palhaço, tão popular e inocente em tempos nem tão distantes.

Hoje, vejo que o palhaço era divertido mas, também, um grande folgado, como atribui um dito popular ao seu colarinho. Vejam bem: ele saía pela rua fazendo barulho, falando o que bem entendesse. Começava light com um “Hoje tem marmelada? Hoje tem goiabada? Porém, pouco depois, já era folgado ao cantar na porta das casas “E o palhaço o que é? E a molecada respondia como ele os havia treinado: É ladrão de mulher”. E, com a própria mulher, não era elegante “A mulher do palhaço é um colosso – Caiu da cama, quebrou o pescoço”. Voltava a ser light em “O raio, o sol suspende a lua - Olha o palhaço no meio da rua”. Mas, pouco depois já folgava induzindo a criançada a um canto inocente, mas racista: “Olê, Olê bambu...  Filho de nêgo é urubu!... E por aí ia desfrutando de uma imunidade impensável nos tempos atuais.

Eu, tímido, não era de participar disso. Porém, em uma certa ocasião, em Torixoréu, chamado por um colega e vizinho, me juntei aos meninos que iam atrás do palhaço, respondendo em algazarra aos seus disparates para ganhar a entrada gratuita no circo. Ao final da passeata, foi feita a fila de meninos para receber a marca que lhes daria o direito à entrada franca. E lá veio o palhaço aprontando! Para minha surpresa, constatei que, pelo que meu colega ostentava na testa, o palhaço havia escrito, também na minha, um número 24 com um tipo de lápis preto, algo assim. Será que ele não podia ficar na parte engraçada sem ser folgado?  Ele bem sabia de um preconceito que já trazíamos dos adultos com relação ao número 24!

O fato é que, antes de chegar em casa, dei um jeito de esfregar a testa com um papel de pão que encontrei em alguma calçada, até tirar o sinal e ficar apenas com a vermelhidão dos esfregões. E, logicamente, não fui ao circo naquela noite.

No outro dia, não fui mais na comitiva de crianças seguindo o palhaço. Mas, no fim daquela tarde, vi na testa de um outro menino da minha rua que, naquele dia, a marca para entrar grátis era uma pinta feita com uma pomada branca ou algo assim.

Não tive dúvida: Achei a lata de pomada Minâncora de minha vó e, sem que ninguém visse, me marquei diante de um espelho. Naquela noite, fui folgado como o palhaço e entrei de graça, sem tê-lo seguido. Afinal, eu tinha uma entrada de crédito e palhaçada trocada não dói!

Hoje, vejo assim. Naquela noite, só desfrutei e ri muito com as palhaçadas e outras atrações.

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

 

SOTAQUES I – A DANÇA DOS IS

                               Divino Arbués

Talvez pelo dom do ouvido musical, o tempo me ensinou a reconhecer bem a origem das pessoas pelo som de suas vozes e seus sotaques. Dentro desses detalhes, trago algumas curiosidades que compartilho agora com vocês.

Vocês já perceberam que, dependendo da região, as pessoas acrescentam uma letra i nas palavras?  Isso é muito perceptível em alguns casos como, por exemplo, na palavra “mesmo”:  O carioca, além de chiar o s, coloca um i na parte final da primeira sílaba. Assim, o som que se ouve é meismo! O mineiro e parte dos goianos inserem um i no início da sílaba e, assim, o som fica miesmo. Em algumas regiões não se acrescenta um i, mas o s é chiado, como em parte do nordeste, na região norte e na baixada cuiabana. Em algumas outras regiões onde não se chia o s, o mesmo é mesmo, mesmo! Há uma parte do interior de SP que, inclusive, tira o s, pronunciando mêmo. Existe até um gingado carioca que insere um r no lugar do s, dizendo mermo. Eu góstio é desse jeitho, soa nordeste. No Pará, castânia ou tomar bânio...

Em diversas outras palavras, o carioca usa muito acrescentar um i. Quem nunca ouviu a pronúncia do RJ em naiscer, feista etc?  Porém, paismem, isso não lhe é exclusivo. O paulistano também é famoso pelo “estou entendeindo!” - Olha ele, o i, aí! Enfim, curiosidades de um país tão grande e diverso como o Brasil. Voltarei ao tema.